quarta-feira, 12 de março de 2008

COMO CRIANÇAS


“Em Lucas 18 um jovem rico vem até Jesus perguntando o que ele deve fazer para herdar a vida eterna. Ele quer ser colocado no centro das atenções. Não é coincidência que Lucas coloca a passagem de Jesus com as crianças nos versículos que imediatamente precedem a história do jovem aristocrata. As crianças contrastam com o homem rico simplesmente porque não há como discutir elas terem sido capazes de merecer o que quer que seja. O ponto central de Jesus é o seguinte: não há coisa alguma que qualquer um de nós possa fazer para herdar o Reino. Devemos simplesmente recebê-lo como criancinhas. E criancinhas não fizeram ainda coisa alguma. O mundo do Novo Testamento não tem uma visão sentimental a respeito de crianças e não nutre qualquer ilusão sobre alguma bondade inata nelas. Jesus não está sugerindo que o céu é um imenso playground. As crianças são nosso modelo porque não têm qualquer pretensão ao céu. Se estão mais próximas de Deus é porque são incompetentes, não porque são inocentes. Se recebem alguma coisa, tem de ser de presente.”
Brennan Manning em O Evangelho Maltrapilho

2 comentários:

Daniel disse...

É por causa dessa graça que me sinto à vontade de receber presentes como suas postagens aqui e no dLIVEr. E nem preciso fazer um comentário massa, pois, nesse campo, não preciso ser competente. Sou uma criancinha!

Paulo Costa disse...

COMO AS CRIANÇAS

"Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira alguma entrará nele" (Lc 18:17)

"Quando crecemos deixamos as coisas de crianças. E, devemos fazê-lo, pois a maioridade exige de nós responsabilidades que como crianças jamais poderíamos realizar. Entretanto, algumas das coisas de crianças nunca poderíamos deixar. A criança é crédula. Gosta de ouvir histórias e acredita nelas. Quando ouvem sobre a história de Jesus, aceitam-na como verdadeira. Às vezes surpreendem com perguntas profundas e sinceras. A criança é verdadeira. Ela é o que é, sem dissimular para agradar ou desagradar alguém. Essa técnica, da dissimulação, aprendemos mais tarde. Não necessariamente para agradar, mas para auferir vantagens pessoais. O reino só pode ser recebido com credulidade e sinceridade. Para recebê-lo, nas palavras de Jesus, é preciso ser como uma criança. Todavia, para nos fazermos crianças temos as dificuldades naturais de quem já deixou a infância. A dificuldade em ser "pequeno". Essa dificuldade envolve outras: falta de perdão, falta de confiança e falta de sinceridade. Somente começamos a ser "pequenos" quando admitimos nossas limitações e fraquezas. Quando aprendemos a ser verdadeiros. Senhor, quero ser como uma criança: alegre, confiante, sincero. Nesse particular, não permita que eu "cresça". Amém!" - Anselm Grün